EM SÃO JOÃO DE MERITI, PROFESSORA E DIRETORA DE UM COLÉGIO ESTADUAL SÃO CONSIDERADAS MÃEZONAS, SAIBA MAIS
"Gostava de zoar em sala, mas nunca tirei notas baixas. Ela puxou muito a minha orelha e mudei. É como se fosse uma mãe", diz Taís Gonçalves, de 16 anos, referindo-se à professora de geografia Marcia Luiza Figueiredo, de 40 anos.
Dos 23 anos de magistério, 15 foram dedicados ao Colégio Estadual Hilton Gama, em São João de Meriti. Foi lá que Taís e Marcia se conheceram.
— O professor deve ser amigo do aluno e prepará-lo para a vida, não apenas com o conteúdo programático. Por isso, acho que acabo sendo um pouco mãe de todos — destaca Marcia.
Nessa escola, não é apenas Marcia que cumpre esse papel. Segundo os alunos, Mariangela Santana, diretora-geral, também é bem querida.
— Nas horas mais difíceis, foi ela quem me ajudou. É uma mãezona — diz Lucas Oliveira, de 14 anos.
A diretora-geral Mariangela Santana trabalha no Colégio Estadual Hilton Gama há 26 anos, tempo suficiente para reunir diversas histórias e gerações.
— Registro tudo no meu caderninho, após ouvir os alunos. Procuro estar atenta a tudo, acompanhar de perto as crianças que, para mim, nunca crescem — brinca Mariangela, sobre alunos que estudam na escola desde pequenos.
Andreia Rocha, de 36 anos, retomou os estudos na mesma unidade em que seus filhos, Raphael, de 16, e Leandro Rocha, de 14, estão estudando.
— Depois de quase dez anos afastada, voltei a estudar. Além de estar próxima dos meus filhos, fico segura em saber que eles têm contato com pessoas como a Mariangela — diz ela.
Taís Gonçalves, aquela que levou muitos "puxões de orelha" da professora, não esconde a gratidão pelo ato de Marcia Luiza.
— Foi ela quem me fez perder a vergonha de falar em público — diz Taís.
EXTRA
Comentários