A PRESIDENTE DO SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE NITERÓI, SÃO GONÇALO E ADJACÊNCIA, RITA DE CÁSSIA RODRIGUES, É INVESTIGADA POR APROPRIAÇÃO INDÉBITA, FORMAÇÃO DE QUADRILHA, SONEGAÇÃO FISCAL E LAVAGEM DE DINHEIRO
" Foto: Policia Civil arrombado a porta do sindicato"
Uma operação nesta
segunda-feira (8) da Delegacia Fazendária da Polícia Civil apreendeu documentos
na sede Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói, São Gonçalo e
Adjacências, no Rio de Janeiro. A polícia diz que a dirigente sindical Rita de
Cássia Rodrigues Almeida lucrava até R$ 1 milhão por mês em fraudes.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o sindicato, mas ninguém da entidade
comentou o assunto. A polícia diz que Rita de Cácia Rodrigues Almeida
encontra-se em Dubai.
Agentes da Delegacia Fazendária (Delfaz), da Polícia Civil, realizaram operação na manhã desta ontem, segunda-feira (8), com objetivo de desmantelar
uma quadrilha que atuava no Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e
na Região Metropolitana do Rio. A ação investiga diretamente a presidente do
sindicato, Rita de Cássia de Almeida, que teria se beneficiado da cobrança de
taxas para enriquecimento próprio.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a
presidente do sindicato, Rita de Cássia da Silva Rodrigues de Almeida, usava
laranjas (como a secretária que recebe em carteira R$ 900 e movimentou na conta
corrente dela mais de R$ 500 mil) para desviar as taxas pagas por comerciantes
para que os funcionários trabalhem nos domingos e feriados. Com isso, segundo
os policiais, ela conseguiu um patrimônio invejável.
Em Cabo Frio, Rita de Cássia tinha uma mansão avaliada em
cerca de R$1 milhão no bairro Porto do Carro. O que chamou a atenção dos
policiais foi o luxo do imóvel, que foi interditado pelas autoridades. A
casa, que teve que ser arrombada, tinha móveis caros, era toda equipada
com eletrodomésticos de última geração e era muito grande: quatro andares, sete
quartos, sala de jogos e uma área de lazer com piscina, sauna e hidromassagem.
Rita de Cássia tem ainda seis carros de luxo e um aras no valor de R$ 5
milhões.
No local a polícia encontrou um computador com diversas
informações de documentos do sindicato, uma réplica de fuzil e recibos que
comprovavam os desvios da quadrilha. Segundo a delegada da Polícia Fazendária,
Tatiana Queiroz declarou para o site do jornal O Dia, a quadrilha tinha
pelo menos cinco integrantes e movimenta entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão por
mês.
Segundo a Polícia, ela será indiciada pelos crimes de
apropriação indébita, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de
dinheiro. A operação tem o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão
no Sindicato, que, além de Niterói e São Gonçalo, compreende os empregados do
comércio de Itaboraí, Tanguá, Maringá, Rio Bonito e Saquarema.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Osvaldo Prado | Agência O Dia
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