ACIA-CABO FRIO: EMPRESÁRIOS DEFENDEM CRIAÇÃO DE CENTRO DE MONITORAMENTO PARA CONTER A CRIMINALIDADE



(28.10.14) – A onda de violência que voltou a atingir Cabo Frio desde domingo acendeu, novamente, o alerta para a necessidade da criação de uma política de segurança pública voltada para as cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro, em especial a Região dos Lagos. Conhecidas por seu potencial turístico, moradores e empresários temem que as repetidas notícias sobre violência prejudiquem a próxima temporada de verão.

Desde domingo o clima é de tensão entre moradores e empresários dos bairros Guarani e São Cristóvão, onde dois ônibus e um caminhão foram incendiados após a morte de quatro pessoas na comunidade do Manoel Corrêa após confronto com a polícia militar. Toque de recolher chegou a ser decretado no início da tarde de ontem obrigando o comércio a encerrar o expediente às 13 horas. Proprietário da Magnauto, no bairro de São Cristóvão, Carlos Magno Quintanilha Filho comentou sobre os momentos de terror psicológico sofrido por ele e pelos funcionários na manhã de ontem.

- Ligaram pra loja nos intimidando, mandando fechar as portas. 

Apenas obedecemos. Mas hoje, graças a Deus, está tudo tranquilo 

– comentou ele, que defende o reforço do número de policiais nas ruas e a implantação de uma Central de Monitoramento.
Localizada no bairro Guarani, a Auto Mecânica Zeca também foi obrigada a fechar mais cedo ontem. Segundo o proprietário José Carlos Donna, “é uma sensação de insegurança muito grande que acaba gerando prejuízo para moradores e empresários”.

- Acredito que se tivéssemos uma Central de Monitoramento na cidade ajudaria bastante, porque inibiria certas ações – comentou.
Desde fevereiro deste ano a Associação Comercial de Cabo Frio vem discutindo a implantação de câmeras na cidade. O presidente da entidade, Walmir Porto, chegou a participar de uma Audiência Pública sobre Segurança na Câmara Municipal de Cabo Frio junto com o comandante do 25º BPM, coronel Ruy França, e desde então vem mantendo contato com uma empresa de TV a cabo da cidade para criação de um projeto de monitoramento.


- Eu e Miguel Angel Muller, da Costa do Sol, já conversamos algumas vezes sobre o assunto. Na última reunião ele ficou de me apresentar o projeto da rede para que pudéssemos montar o projeto de monitoramento. A gente sabe que a Central de Monitoramento não vai acabar com a violência, mas ao saber que tem câmeras de segurança espalhadas pela cidade o bandido vai pensar duas vezes antes de agir. É a solução paliativa que nos cabe, como representante de entidade de classe, já que o Estado não vem fazendo a parte dele, que é investir em política de segurança pública para todo o Estado, e não somente na capital – explicou Walmir, que também já estuda outras alternativas de monitoramento em parceria com empresários de vários segmentos da cidade.

Att,

Cristiane Zotich | Assessora de Imprensa.

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