DILMA TOMADA DE CONSCIÊNCIA EXPLICA VIRADA NAS PESQUISAS ELEITORAIS
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"Acontece isso nas
eleições. Amplia a consciência, amplia a adesão das pessoas, a convicção, e
elas assumem um rumo. Acho que é um movimento mais popular do que
partidário", disse a presidente Dilma Rousseff sobre sua guinada nas
pesquisas; questionada sobre a postura do ex-presidente Lula de chamar Aécio
Neves de “playboy”, ela rebate: "Você acha correto alguém me chamar de
leviana? Sou presidente da República. Sou mulher, mãe e avó. Então, vamos ter
calma e tranquilidade"
A presidenta da República, Dilma Rousseff, atribuiu ontem (23) ao debate de ideias e à comparação de projetos o crescimento de sua candidatura à reeleição e a perda de votos de seu adversário no segundo turno, Aécio Neves (PSDB). Durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro, a petista evitou comentar diretamente pesquisas que a colocam entre seis e oito pontos à frente do oponente, mas avaliou que a conjuntura eleitoral lhe é favorável.
"Eu acho que acontece isso nas eleições. Eu acho que
amplia a consciência, amplia a adesão das pessoas e a convicção que elas
assumem. Acho que é um movimento mais popular do que partidário",
afirmou.
Dilma lamentou ainda o conflito ocorrido hoje no centro de
São Paulo, em frente ao Teatro Municipal, entre militantes do PT e do PSDB.
“Acho normal que você tenha um debate mais claro do que em outros momentos.
Agora, conflitos físicos nós temos de repudiar, temos de alertar que não pode
ocorrer. É de todo oportuno que tenhamos uma postura de tranquilidade neste
momento.”
Questionada por um repórter se a postura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou Aécio de “playboy”, colabora para que
ocorra um acirramento entre os lados em disputa, Dilma reagiu: “Você acha
correto alguém me chamar de leviana?”, indagou, em referência ao debate de
segundo turno realizado pelo SBT na última semana, quando Aécio tachou Dilma de
“leviana”, “incompetente” e “conivente” com a corrupção. “Sou presidente da
República. Sou mulher, mãe e avó. Então, vamos ter calma e tranquilidade.”
Ao mesmo tempo, ela expôs a ideia de que o clima de
agressividade deve ser entendido como um aspecto isolado, e que no geral a
população tem participado de sua campanha em clima de comemoração. “Queria
fazer um apelo para que não se crie um fantasma e não se torne isso um problema
que não existe. Um conflito aqui é um conflito aqui. Não é um conflito em toda
a eleição.”
Também no Rio, Aécio Neves tentou imputar ao PT o clima de
hostilidade na campanha, culpando particularmente Lula pela questão. “No
futuro, essa campanha será tida como a de mais baixo nível de todas as que
tivemos desde a redemocratização. A campanha conduzida por nossos adversários é
a mais sórdida e mentirosa de todas. Hoje mesmo estão sendo presas pessoas com
boletins falsos, com infâmias, com acusações levianas em relação a mim, à minha
família."
Durante ato de rua na capital fluminense, Dilma preferiu
destacar o crescimento do nível de empregos nos últimos 12 anos. Hoje foi
divulgada a taxa de desemprego de setembro, de 4,9%, segundo o IBGE, o nível
mais baixo da série histórica iniciada em 2002. O número estimado de
desempregados, de 1,183 milhão, não se alterou no mês passado e caiu 10,9% na
comparação anual, com 145 mil a menos em 12 meses.
"O aumento do salário e a redução do desemprego são as
duas principais conquistas do meu governo e do (governo do) presidente Lula.
Nesse período (2003-2014), enquanto o mundo desempregou 60 milhões de
trabalhadores, criamos 20 milhões de postos de trabalho. Na crise, fala-se da
perda de 100 milhões de postos de trabalho. Nesse período, criamos 12 milhões
de postos", disse.
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