PEZÃO CRITICA CARDEAIS E DEFENDE PMDB RENOVADO
Candidato ao
governo do Rio, que apoia Dilma formalmente, faz elogios a Aécio Neves; diz que
uma eventual eleição do tucano não seria um "retrocesso" nem ameaça
aos programas sociais, embora acredite que a petista fará um segundo mandato
muito melhor; sobre o "Aezão", que prega voto nele e em Aécio, afirma
que o movimento foi estimulado pelo PT na medida em que saiu da aliança dele,
abrindo espaço para as entradas de PPS, DEM e PSDB, que lhe proporcionaram bons
tempos na propaganda gratuita
Governador fluminense e
candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disparou neste sábado (18)
contra os “cardeais antigos” de seu partido. Segundo ele, a sigla deve se
renovar, reduzindo o espaço da velha guarda, e lançar um candidato à
Presidência da República em 2018. Pezão diz que defende Dilma Rousseff (PT) por
conta de seu relacionamento pessoal com a petista e por conta da decisão do
PMDB nacional de manter a aliança.
Apesar do
apoio a Dilma, Pezão disse em entrevista à Folha que uma eventual eleição do
tucano Aécio Neves (PSDB) não seria um "retrocesso" nem ameaça aos
programas sociais, segundo defende a campanha do PT. Para ele, o Brasil já
ultrapassou essas querelas, com Lula dando continuidade a políticas públicas do
ex-presidente Fernando Henrique. E completa: “Ele (Aécio) fez um bom governo em
Minas, é uma pessoa que foca muito a gestão. E ele tem bons quadros. Tem um
extraordinário, que eu considero um dos melhores do Brasil, que é o Anastasia.”
Diferente do
conterrâneo Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Pezão disse Dilma não comete erros na
campanha. “Eu converso muito com ela, acho que ela se saiu muito bem. Uma
pessoa que nunca tinha tido um cargo eletivo ser logo presidente. Você vê a
dificuldade que o Lula teve no primeiro mandato. Acho que ela fará um segundo
mandato muito melhor que o primeiro”, argumenta.
Pezão disse
ter ótimo relacionamento com Dilma e Aécio, mas apóia a atual presidente porque
foi alguém com quem teve um relacionamento extraordinário. “Nós assinamos de
parceria nos últimos meses mais de R$ 10 bilhões de obras. A gente fez uma
agenda que ajudou muito o Estado do Rio, e vai continuar a ajudar. Tudo o que
levamos de pleito para ela foi atendido. Só tenho a agradecer. Por que não vou
apoiá-la?”, questiona.
Sobre o
“Aezão”, tendência que prega voto nele e em Aécio, à revelia de seu acordo com
Dilma, disse que o movimento foi estimulado pelo PT. “Desde o momento em que o
PT saiu da minha aliança, abriu espaço para entrarem o PPS, o DEM e o PSDB, que
dão um tempo bom de TV e uma base forte. Eu tinha cinco candidatos a presidente
na minha coligação. Em primeiro lugar, meu partido é o Rio de Janeiro.”
Jornal 247
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