PEZÃO VOTOU NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E FALA EM "DEVER CUMPRIDO"


O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), votou na manhã deste domingo (26) em um colégio de Ribeirão das Lajes, na cidade de Piraí, no interior do Estado. A imprensa foi obrigada a esperar do lado de fora da escola por decisão da Justiça Eleitoral.

Após votar, o candidato disse ter a sensação de "dever cumprido". Pezão, que era o vice do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e assumiu o cargo após renúncia do antecessor, em abril deste ano, também falou sobre a dificuldade em ser protagonista.

"Não é fácil ser protagonista pela primeira vez de uma eleição majoritária desse porte. Não é fácil lutar contra candidatos fortes e chegar ao segundo turno como eu cheguei. (...) Me sinto muito feliz e recompensado. Nem nos meus melhores sonhos eu sonhava com isso", afirmou Pezão.

O peemedebista declarou ainda que os resultados das pesquisas eleitorais, que o colocam à frente do adversário, Marcelo Crivella (PRB), lhe deixam confiante. "Sempre acreditei e trabalhei com pesquisa", comentou. No entanto, o concorrente à reeleição disse acreditar que muitas pessoas decidiram a voto na última hora. "As pesquisas são um retrato de dois ou três dias. Isso vira, muda. Depende muito de como o eleitor acorda de manhã. Espero que as pesquisas estejam certas", afirmou.

Pezão disse mais uma vez ter sido o alvo preferencial dos adversários no primeiro turno, o que o levou a adotar uma linha mais ofensiva na reta final do pleito. "No primeiro turno, eu apanhei dos quatro. Não tive nem tempo de discutir o que estava por trás de cada candidatura. No segundo turno, houve um embate mais duro. (...) A gente só reagiu aos ataques".

"Eu fui atacado por tudo e por todos. Meu adversário [Crivella] passava o dia inteiro me xingando e falando o que eu representava. Mas nos debates, à noite, ele aparecia com aquilo que é a sua grande característica: ser um bispo que fica ali falando com aquela calma e tranquilidade", completou.

Ele voltou a dizer que a candidatura de Crivella representa uma mistura entre política e religião, aproveitando para mencionar a decisão do TRE-RJ de lacrar um templo da Igreja Universal, ontem (25). "A gente viu que o que as igrejas tinham de material dele", declarou, em referência à publicidade do adversário. "Isso que eu quis mostrar", finalizou.

Por fim, questionado sobre a disputa presidencial, Pezão afirmou ter votado na presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). "Eu tenho uma gratidão muito grande por ela, apesar de o PT não ter reconhecido isso aqui no Rio depois de sete anos e meio ao nosso lado. Não tenho nada contra o senador Aécio Neves. Meu candidato a vice, Francisco Dornelles (PP), faz campanha para ele. Mas meu voto e minha gratidão são da presidente Dilma", explicou.


Pezão deixou o local de votação e seguiu para o rodoviária Thereza Bastos Muller, no centro de Piraí, onde parou em uma lanchonete. Até 12h30, ele permanecia no local conversando com apoiadores e bebendo água. Na sequência, o candidato vai almoçar com a família em sua casa, em Piraí, e depois voltará para a capital fluminense a fim de acompanhar a apuração em um hotel da zona sul do Rio.

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