A PETROBRAS ANUNCIA AUMENTO DO PREÇO DA GASOLINA E DO DIESEL
A Petrobras anunciou
aumento de 3% no preço da gasolina e de 5% no diesel nas refinarias. O aumento
entrou em vigor a partir da 0h de sexta-feira (7).
Nas bombas, diretamente para o consumidor, o reajuste pode
ser outro.
A diretoria da estatal vinha pressionando o
governo por um reajuste dos preços dos combustíveis.
Em geral, a Petrobras compra combustíveis no exterior e
revende-os no Brasil por um preço mais baixo, controlado pelo governo, sócio
majoritário da empresa. O governo faz isso na tentativa de conter a inflação no
país, mas essa diferença afeta as contas da estatal.
Apenas nas últimas semanas, com a forte queda no preço do
petróleo no mercado internacional, a estatal passou a importar e vender o
combustível sem prejuízo.
Ainda assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tinha dito
que a gasolina poderia subir no Brasil. Nos últimos meses, o ministro afirmou repetidas vezes que um reajuste de preço deveria acontecer neste ano.
Último reajuste foi em novembro do ano passado
O último ajuste de preço dos combustíveis foi em 30 de novembro do ano passado,
quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% na gasolina e de 8% no diesel,
nas refinarias.
Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao
consumidor final seria de cerca de 3%.
Metodologia para reajuste dos combustíveis foi proposta há um
ano
Em outubro do ano passado, a Petrobras tinha pedido ao
seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajuste automático e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de
alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.
A fórmula desagradou a presidente Dilma Rousseff porque
poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação
(aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida). A
indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que
existia até os anos 1990.
O Conselho da estatal, presidido pelo ministro da Fazenda,
Guido Mantega, aprovou a implementação de uma política de preços, mas não divulgou mais detalhes sobre essa nova proposta. Na época, a
Petrobras divulgou aumento do preço da gasolina em 4% e do diesel em 8%.
Analista criticaram a decisão dizendo que a falta de clareza sobre os critérios
mantém incertezas para o mercado, em um momento em que a empresa enfrenta
defasagem dos preços domésticos na comparação com os internacionais.
Fonte: Folha de São Paulo
Fonte: Folha de São Paulo
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