ENCONTRO COM PACIENTES MARCA O DIA NACIONAL DO OSTOMIZADO EM CABO FRIO

Encontro marca o Dia Nacional do Ostomizado em Cabo Frio

Encontro com pacientes ostomizados de nove municípios da Baixada Litorânea foi organizado pela Secretaria de Saúde de Cabo Frio nesta segunda-feira

Como parte da programação alusiva ao Dia Nacional do Ostomizado - 16 de Novembro - a Secretaria Municipal de Saúde Cabo Frio realizou na tarde desta segunda-feira (17/11), um encontro com pacientes dos nove municípios da região, atendidos pelo Polo da Baixada Litorânea do Serviço de Atenção Básica à Pessoa Ostomizada. Atualmente, o polo que funciona anexo ao Hospital São José Operário, tem 409 pacientes cadastrados, sendo 375 ativos.

O paciente submetido a esse tipo de procedimento, que altera a sua fisiologia gastrointestinal, autoestima, imagem corporal, além de outras modificações em sua vida devido à presença de colostomia, tem constituído um desafio para o cuidado pelo enfermeiro. O planejamento da assistência ao colostomizado não requer somente cuidados físicos ou orientação ao paciente sobre os cuidados de higiene e troca de bolsas de colostomia. É necessário um planejamento da assistência com demarcação de estoma, preparo físico pré-operatório propriamente dito e integração das intervenções com a equipe do bloco cirúrgico (centro cirúrgico e centro de recuperação). Requer ainda a retomada do ensino pré-operatório para o autocuidado, envolvendo o paciente e a família, visando à reabilitação e ao encaminhamento ao Programa de Ostomizados, que é mantido pelo serviço público, para aquisição dos dispositivos e seguimento ambulatorial.

- Essa complexidade da assistência de enfermagem a ser prestada ao colostomizado nos remete à necessidade de compreender as modificações que ocorrem em sua vida e como ele vivencia todo esse processo, para maior aprofundamento e intervenções mais coerentes na nossa prática clínica – diz a enfermeira Camila Cantarino, responsável pela implantação do Polo em Cabo Frio.

Hoje, os pacientes que procuram o polo contam com nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais, assistentes administrativos, e em parceria com a Universidade Veiga de Almeida, atendimento psicológico. O secretário de Saúde de Cabo Frio, Dr. Carlos Ernesto Dornellas, foi receber o grupo e participou das atividades. Segundo ele o serviço desenvolve ações de reabilitação que incluem as orientações para o autocuidado, a prevenção, o tratamento de complicações no estoma, a capacitação de profissionais e o fornecimento de equipamentos coletores e de proteção e segurança (bolsas coletoras, barreiras protetoras de pele sintética, coletor urinário).

- Nossa equipe é multiprofissional e o polo tem os equipamentos e instalações físicas adequadas, integrados à estrutura física da unidade de saúde. Nossa intenção é dar o melhor atendimento que esses pacientes precisam. A equipe é maravilhosa. Eles são atenciosos e cuidam dos pacientes com carinho, o que ajuda na qualidade de vida dessas pessoas – disse Carlos Ernesto Dornellas.

Em geral, as estomias podem ser permanentes ou temporárias. Nos casos temporários, as cirurgias são realizadas em pessoas que têm problemas na medula, crianças com má formação congênita, mulheres que se submeteram a muitos partos e em homens que fizeram sérios tratamentos de próstata. Às vezes, um acidente automobilístico ou uma agressão por arma de fogo ou branca, podem levar o paciente a fazer uma estomia. Os casos de estomia permanente são mais registrados em pacientes com alguma neoplasia (câncer) em estágio avançado. Mas segundo a enfermeira Viviane Paz, atual coordenadora do polo, com os cuidados necessários, a vida poderá ser levada tranquilamente.

- Aqui, além de todo o atendimento necessário, eles participam de reuniões em grupo e trocam experiências. Somos uma família. Encontram aqui atenção, cuidado e carinho, e isso é fundamental para a manutenção de uma qualidade de vida – disse.

Seu Gilberto Sardá, de 71 anos, é diabético e faz parte do grupo. Ele abriu o encontro e fez questão de enfatizar a importância do trabalho da equipe para a sua vida.

- Quero agradecer a melhora constante na qualidade do atendimento que já é excelente. A gente nota o carinho que essas pessoas tratam os pacientes. A maioria de nós tem problemas de saúde. Muitos podem voltar ao normal. No meu caso, nunca vai se resolver porque tenho diabetes. Mas o cuidado que eu tenho é muito grande. Só posso agradecer o carinho e a atenção - concluiu o aposentado.

Texto e fotos: Alexandra de Oliveira | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde