MILHARES VÃO ÀS COMPRAS E 2000 + SERRA VÃO ÀS RUAS
Fonte: Jornal 247
O sábado foi
de ruas lotadas em São Paulo; na 25 de Março, tradicional centro de compras da
capital paulistana, milhares de pessoas aproveitaram um dos últimos fins de
semana disponíveis para realizar compras de Natal; na Paulista e na Consolação,
uma marcha com cerca de 2 mil pessoas, segundo a polícia militar, protestou
contra a presidente Dilma Rousseff, em meio a pedidos de uma nova intervenção
militar; questionado por 247, se estava aderindo ao movimento "Fora,
Dilma", Serra calou-se; depois, fez um discurso em que defendeu protestos
de "ontem, hoje e amanhã"; quando desceu para a rua, seguiu os
manifestantes ao som de "Pra frente Brasil", canção que simbolizou o
período militar; em seguida protestou: "esse negócio de militar não tem
nada a ver"; Lobão também se queixou da ausência de Aécio Neves;
"estou pagando de otário".
Marco
Damiani, 247 - O
sábado foi de ruas lotadas em São Paulo. Ao longo do dia, milhares de pessoas
ocuparam o entorno da 25 de março, tradicional centro de compras na capital
paulistana, em busca das melhores oportunidades para os presentes de Natal.
Diante do fluxo intenso de pessoas, a Companhia de Engenharia de Tráfego
registrou 12 quilômetros de congestionamento na região central de São Paulo.
Pouco
depois, no início da tarde, manifestantes começaram a se reunir no vão livre do
Masp. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas desceram a
Avenida da Consolação, em um protesto contra a presidente Dilma Rousseff. As
palavras de ordem eram "Vai pra Cuba", "Dilma, cadê você, eu vim
pra te prender" e até gritos em inglês, como "Dilma and Lula, go to
jail" (Dilma e Lula vão à prisão). Não havia negros ou mulatos na
passeata, apenas um público tipicamente de classe média.
O único
político de peso que compareceu à manifestação foi o senador eleito José Serra
(PSDB-SP). Ele discursou e defendeu os protestos "de ontem, de hoje e de
amanhã". Questionado por 247 sobre seu apoio ao movimento 'Fora, Dilma',
ele se calou. Ele também não quis se posicionar sobre eventuais problemas nas
contas de campanha de Dilma poderiam levar ao impeachment. "Não sei se é
por aí". Ele apenas enfatizou que faz "oposição democrática, dentro
das regras constitucionais".
Ele, no entanto,
parecia ser exceção. Dezenas de faixas pregavam intervenção militar ou, ao
menos, impugnação do processo eleitoral, enquanto manifestantes protestavam
contra as urnas eletrônicas. A tal ponto que até Serra se irritou. "Esse
negócio de militar não tem nada a ver", disse ao 247. Mas logo depois de
discursar, ele se juntou a manifestantes que cantavam a canção "Pra
frente, Brasil", da década de 70, que foi símbolo do regime militar.
Um dos
organizadores do protesto, o cantor Lobão protestou contra a ausência de
políticos que defenderam os protestos e o excesso de militantes
pró-ditadura. "Cadê os parlamentares? Só tem 'inimigo' aqui. Cadê o
Aécio, o Caiado? Se eu passo aqui e vejo esse pessoal, acho que é tudo a mesma
coisa. Estou pagando de otário."
Lobão só se
acalmou quando soube que Serra estaria presente. Ele foi informado de que
Aécio, que ontem convocou a passeata num vídeo postado no Facebook, não viria a
São Paulo porque estava trabalhando.
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