SAÚDE - CABO FRIO PROMOVE AÇÃO NO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HANSENÍASE
Evento
está marcado para a próxima semana, no dia 28 em três pontos: em Tamoios e nas
praças do Jardim Esperança e de São Cristóvão.
A Prefeitura
de Cabo Frio promove uma ação em diversos pontos da cidade, na quarta-feira da
próxima semana (28/1), quando se comemora o Dia Mundial de Luta contra
Hanseníase. O trabalho da Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio,
desenvolvido pelo Programa de Controle da Hanseníase, tem como objetivos
principais alertar a população sobre a doença e contribuir para eliminação do estigma
e do preconceito contra as pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares.
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada
por um microorganismo que se manifesta por lesões de pele (manchas de qualquer
cor) com alteração de sensibilidade (dormentes) e comprometimento dos nervos
das extremidades do corpo.
As ações
irão acontecer, das 8h às 13h, na Praça do Ginásio Poliesportivo, em Santo
Antônio, em Tamoios; na Praça do Jardim Esperança e na Praça Antônio Castro, em
São Cristóvão. Segundo a coordenadora do Programa de Dermatologia Sanitária de
Cabo Frio, enfermeira Veleida Imbiriba, a doença é transmitida através da
respiração de uma pessoa doente sem tratamento, na forma transmissível da
doença e através de um convívio prolongado com esse indivíduo.
Durante a
ação, os profissionais pretendem fortalecer a busca ativa de casos, o aumento
do diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e sensibilizar os profissionais
de saúde quanto às atividades preventivas, promocionais e curativas da doença.
– Nosso
objetivo é garantir a referência, o diagnóstico oportuno e o tratamento correto
dos casos captados para que a cadeia de transmissão da hanseníase seja rompida
– explica a enfermeira.
O Programa
de Controle da Hanseníase de Cabo Frio é composto pelas equipes de atendimento
do PAM de São Cristóvão (onde o atendimento é feito nas salas 3 e 5) e do PAM
de Santo Antônio (em Tamoios). Fazem parte das equipes: dois médicos, dois
enfermeiros, dois técnicos de enfermagem, sete funcionários da parte
administrativa, além da equipe do Laboratório da Saúde Coletiva que funciona no
PAM de São Cristóvão como suporte às demais equipes e conta com quatro técnicos
de laboratório. Em 2013 o programa obteve 21 casos de pacientes em tratamento.
Em 2014 foram cadastrados 12 novos casos da doença.
É importante
salientar que logo no início do tratamento, os riscos de transmissão da doença
são baixíssimos, porque os bacilos se tornam inviáveis pela alta sensibilidade
ao esquema de medicamentos utilizados.
– É por isso
que é importante diagnosticar a doença logo no início porque ninguém que tenha
a doença precisa se afastar da sociedade ou da sua família. A doença pode
ocorrer em qualquer idade, raça ou gênero. Ela tem baixa letalidade e baixa
mortalidade e, o mais importante, tem cura – diz a enfermeira Veleida.
De acordo
com a Organização Mundial de Saúde, o tratamento prevê administração de seis a
12 doses dos medicamentos, com duração de seis meses a um ano e meio, em regime
ambulatorial, sendo previsto internação nos episódios reacionais graves.
A maioria da
população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais
susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante
na família. O período de incubação varia de dois a sete anos e entre os fatores
predisponentes estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a
superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência
nos países subdesenvolvidos.
No Brasil,
nos últimos dez anos, a taxa de prevalência de hanseníase (pacientes em
tratamento) caiu 69%, passando de 4,52, em 2003, para 1,42 por 10 mil
habitantes em 2013. A queda é resultado das ações de combate à doença,
intensificadas nos últimos anos. O país registrou 31.044 casos novos da doença
em 2013. Nove estados já alcançaram a taxa de eliminação como problema de saúde
pública (menos de 01 caso por 10 mil habitantes): Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro,
Alagoas e Rio Grande do Norte.
Sinais e
sintomas:
Os sinais e
sintomas da hanseníase estão localizados principalmente nas extremidades das
mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas.
Segue uma
lista dos sinais e sintomas mais comuns da hanseníase: manchas esbranquiçadas,
avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo; área de pele seca e
com falta de suor; área da pele com queda de pelos, mais especialmente nas
sobrancelhas; área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências,
diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer
de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo verificar a lesão
avermelhada da queimadura na pele mais tarde; parestesias (sensação de
formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés); dor e sensação de
choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; edema
ou inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face
devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e
doloridos ulceras de pernas e pés; e nódulos (caroços) no corpo, em alguns
casos avermelhados e dolorosos.
Texto:
Alexandra de Oliveira | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde
de Cabo Frio.
Foto: Divulgação.
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