GOVERNADOR LUIZ FERNANDO PEZÃO DIZ QUE RIO ESTAVA PREPARADO PARA CRISE HÍDRICA
Governador Luiz Fernando Pezão afirmou, após reunião com a
presidente Dilma, em Brasília, que a situação é "um pouco melhor" no
Rio do que nos outros estados da Região Sudeste por ter investido em obras de
infraestrutura hídrica nos últimos anos; mais cedo, o governador Fernando
Pimentel, que também se reuniu com Dilma, previu racionamento
"severo" em Minas
Fonte: Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão,
minimizou hoje (28) a crise hídrica no estado, que, segundo ele, está em uma
situação "um pouco melhor" do que os outros estados da Região Sudeste
por ter investido em obras de infraestrutura hídrica nos últimos anos.
Pezão disse que o Rio "não é melhor nem pior que nenhum
estado", mas fez muitas obras, muitos investimentos, mudou a captação de
águas de algumas cidades. "E, se precisar mudar, vamos mudar de
novo", afirmou o governador, após audiência com a presidenta Dilma
Rousseff no Palácio do Planalto.
Segundo Pezão, após problemas com a estiagem entre 2009 e
2013, a Secretaria Estadual do Ambiente e a Companhia Estadual de Águas e
Esgotos (Cedae) investiram em obras para aumentar a captação e garantir o
abastecimento do estado, principalmente na região metropolitana do Rio de
Janeiro.
Na última quinta-feira (22), o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) informou que o nível do reservatório de Paraibuna, no Rio
Paraíba do Sul, atingiu o volume morto e deixou de produzir energia. O
Paraibuna é o maior dos quatro reservatórios que abastecem o Rio.
O governador do Rio reconheceu que a atual situação dos
reservatórios do Sudeste é grave, mas voltou a descartar possibilidade de
sobretaxa ou racionamento de água no Rio de Janeiro nos próximos meses.
"Neste momento, não queremos tomar nenhuma dessas medidas porque ainda não
é necessário, mas nada está afastado, se a seca se prolongar. Se não chover o
suficiente, vamos tomar outras medidas", disse Pezão, sem adiantar as
providências que poderá tomar.
Ele informou que a única medida emergencial do governo
fluminense será reforçar uma campanha institucional para estimular a população
a economizar água. "Com as obras que fizemos, dá para garantir um ritmo
normal [de abastecimento]."
O governador disse que, em caso de restrições de uso da água,
as empresas serão as primeiras atingidas, porque a prioridade é o abastecimento
humano. "Não queremos prejuízo de ninguém, agora, se alguém for
penalizado, serão as empresas primeiro. Nossa prioridade é o abastecimento humano,
que dá para ser garantido por algum tempo ainda."
De acordo com Pezão, na audiência, Dilma enfatizou a
disposição do governo federal de dar apoio financeiro e técnico aos estados que
enfrentam a crise hídrica e mostrou-se "muito proativa" para resolver
os problemas de abastecimento.
Antes de Pezão, Dilma recebeu o governador de Minas Gerais,
Fernando Pimentel, que está enfrentando uma situação mais grave. Pimentel disse
que o estado corre o risco de ter racionamento "severo" de água daqui
a três meses.
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