GOVERNO DO RIO FARÁ PROJETO DE LEI QUE OBRIGA INDÚSTRIAS E REUTILIZAREM ÁGUA
Fonte: Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão,
confirmou hoje (30) que enviará à Assembleia Legislativa (Alerj) um projeto de
lei que obriga as indústrias fluminenses a reaproveitar a água usada no
processo de produção. Segundo Pezão, a intenção é enviar a proposta logo no
início das atividades da Alerj, em fevereiro.
"Estamos incentivando as empresas a utilizarem água de
reúso, vou mandar uma lei para a Assembleia Legislativa, logo no início de
fevereiro, que obriga as empresas a usarem a água de reuso para limpeza e
diversas finalidades. A lei vai ser regulamentada, mas essas grandes empresas
já dão uma folga boa para Guandu e para o abastecimento humano, que é a nossa
prioridade", disse ele.
A medida é uma tentativa de reduzir o desperdício de água e
decorre do anúncio da redução da vazão do Rio Paraíba do Sul de 140 metros
cúbicos por segundo (m³/s) para 110m³/s na barragem da Usina Hidrelétrica de
Santa Cecília, em Barra do Piraí, feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) no
início do mês.
A decisão da ANA, segundo Pezão, não foi o acordado entre o
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os governadores do Rio,
São Paulo e Minas Gerais, estados que mais sofrem com a crise no Sudeste, além
de "representar risco para o abastecimento do Rio e da região
metropolitana".
O governador também descartou o racionamento de água e a
sobretaxa para quem aumentar o consumo. Pezão disse que a única medida
emergencial no momento é reforçar a campanha institucional para que a população
economize água, o que, juntamente com as obras feitas pela Companhia Estadual
de Águas e Esgotos (Cedae) nas estações e reservatórios, pode garantir o
abastecimento em um ritmo normal.
Outra medida estudada pelo estado é a utilização de fontes
alternativas de obtenção de água potável. "Estão vindo técnicos de Israel
e da Espanha para analisarmos programas de dessalinização e outras formas que
estão sendo usadas hoje. Eu tenho uma série de reuniões agendadas para ver
essas fontes alternativas", informou.
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