NA PRIMEIRA REUNIÃO PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF PEDE A MINISTROS AUSTERIDADE NOS GASTOS E AÇÕES DE COMBATE Á CORRUPÇÃO
Fonte: Agencia Brasil.
Na primeira reunião com todos os ministros em seu segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (27) austeridade nos gastos e ações para combater a corrupção no governo. “Todos vocês devem atuar sempre orientados pelo compromisso com a correção e a lisura. Espero que enfrentem com firmeza todo e qualquer indício de mau uso do dinheiro público nas áreas sob seu comando.”
Na primeira reunião com todos os ministros em seu segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (27) austeridade nos gastos e ações para combater a corrupção no governo. “Todos vocês devem atuar sempre orientados pelo compromisso com a correção e a lisura. Espero que enfrentem com firmeza todo e qualquer indício de mau uso do dinheiro público nas áreas sob seu comando.”
Com o corte de orçamento dos ministérios, a recomendação da
presidenta é que, mesmo com menos recursos, os ministros deem andamento aos
projetos de suas pastas. “As restrições exigirão mais eficiência nos gastos,
tarefa que – estou certa – todos executarão com excelência. Vamos fazer mais
gastando menos”, disse.
A presidenta informou que enviará ao Congresso Nacional no
próximo mês propostas para aperfeiçoar o processo de combate à corrupção,
conforme promessa de campanha, “Defendemos um pacto nacional contra a corrupção
que envolve todas as esferas de governo, de poder, tanto no ambiente público
como no privado. Seremos implacáveis no combate aos corruptores e aos
corruptos.”
Dilma acrescentou que o governo estimulará o debate sobre
reforma política ainda no primeiro semestre deste ano. Ela recomendou que os
ministros reajam a boatos e levem a posição do governo à opinião pública. “Sejam
claros e precisos e se façam entender. Não podemos deixar dúvidas”, ressaltou.
A presidenta destacou que o governo ampliará as concessões e
autorizações ao setor privado de rodovias, portos e aeroportos, além de
realizar concessões em outras áreas, como hidrovias e dragagem de portos. Outro
anúncio foi o do lançamento de um programa de desburocratização das ações do
governo. “Menos burocracia representa menos tempo e menos recursos gastos em
tarefas acessórias e secundárias”, assinalou.
Dilma voltou a defender a Petrobras, afirmando que a apuração
e as punições devem ocorrer “com rigor”, mas sem deixar de acreditar na “mais
brasileira das empresas”, a mais estratégica, que mais contrata e investe no
país.
“Temos de continuar apostando na melhoria da governança da
Petrobras. Aliás, de todas as empresas privadas e, em especial, das empresas
públicas”. Segundo ela, o ato de “fechar as portas para a corrupção” não pode
fechar as portas para o “crescimento, progresso e emprego”.
Em referência às empreiteiras envolvidas na Operação Lava
Jato, da Polícia Federal, a presidenta recomendou que as empresas essenciais
para o Brasil não devem ser destruídas. “Punir, ser capaz de combater a
corrupção, não pode significar a destruição de empresas privadas. As empresas
têm de ser preservadas. As pessoas culpadas é que têm de ser punidas.”
Dilma pediu aos ministros que trabalhem para dar sequência ao
projeto político implantado desde seu primeiro mandato. Para ela, o governo
deverá ser, ao mesmo tempo, de continuidade e mudanças.
“Nossa tarefa será manter o projeto de desenvolvimento
iniciado em 2003, mas dar continuidade com avanços, com mudanças que darão mais
consistência e velocidade a esse projeto”. Ela também recomendou que os
ministros aperfeiçoassem o diálogo com Congresso, prefeitos e governadores e
com movimentos sociais.
A presidenta revelou que a falta de chuvas no país reflete-se
nos preços da energia em todo o Brasil e na oferta de água, especialmente na
Região Sudeste. Segundo ela, o governo federal apoiou e continuará apoiando de
todas as formas, inclusive com “vultosos investimentos”, as demandas dos
governos estaduais, que são responsáveis diretamente pelo sistema de
abastecimento de água.
Esta é a primeira reunião ministerial do segundo mandato da
presidenta Dilma Rousseff. O encontro é realizado na Residência Oficial da
Granja do Torto, em Brasília. Todos os 39 ministros estão presentes.
Comentários