MAIS DETALHES DO ATAQUE TERRORISTA JORNAL SATÍRICO FRANCÊS CHARLIE HEBDO



Pelo menos 12 pessoas foram mortas durante um tiroteio nesta quarta-feira em Paris, nas instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo. Os autores do ataque estão em fuga e está em curso uma operação policial para detê-los.

Entre as vítimas estão dois agentes da polícia e vários jornalistas do semanário Charlie Hebdo, de acordo com a procuradoria da capital francesa, que confirmou o balanço do número de mortos.

Perto das 11h30 (10h30 em Lisboa) dois homens armados começaram a disparar no interior da sede do jornal satírico Charlie Hebdo, que em 2011 foi alvo de um outro ataque. Segundo uma fonte citada pela AFP terão sido dois homens “armados com uma kalachnikov e um lança rockets” a disparar perto de "50 tiros", de acordo com algumas testemunhas.

Dois homens com a cara coberta entraram no edifício, localizado numa rua movimentada do centro de Paris, quando decorria a reunião semanal da equipa do jornal, descreveu o jornalista Benoit Bringer à rádio France Info. “Alguns minutos depois, ouvimos muitos tiros”, disse Bringer. Fontes policiais disseram à AFP que os atacantes gritavam em árabe "vingámos o profeta!" enquanto disparavam.

Os dois homens foram vistos em fuga e abandonaram o carro em que seguia em Pantin, um subúrbio no nordeste de Paris, de acordo com a polícia. Ainda não são conhecidas as motivações por trás do ataque.

O Presidente francês, François Hollande, deslocou-se ao local do ataque, que qualificou como "um ato terrorista", em declarações aos jornalistas. "Um ato de uma barbárie excepcional foi cometido hoje em Paris sobre jornalistas", disse ainda Hollande, que confirmou o balanço de 11 mortos e quatro feridos graves. Um número que não é final acrescentou - entretanto o balanço subiu para 12 mortos. "Vários atentados foram evitados" nos últimos tempos, acrescentou ainda o Presidente francês, sem entrar em mais pormenores. 


Hollande convocou uma reunião de emergência no Palácio do Eliseu para a tarde desta quarta-feira e irá fazer uma comunicação ao país às 20 horas (19h em Lisboa). O nível de alerta de segurança Vigipirate foi elevado para o escalão máximo de "atentado terrorista" para toda a região parisiense. Segundo apurou o jornal Le Figaro, junto de fontes policiais, todas as redações de órgãos de comunicação em Paris vão ter proteção policial extra.


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