AÇÕES DA PETROBRAS DESABA 12% APÓS BALANÇO E PUXA IBOVESPA
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Ações da estatal abriram
em queda de 8% no pregão desta quarta-feira 28, depois de divulgado o balanço
da Petrobras, que decepcionou o mercado ao não registrar as baixas contábeis
relacionadas aos desvios de dinheiro na petroleira; segundo a empresa,
é "impraticável quantificar de forma correta, completa e
definitiva" as perdas resultantes da investigação Lava Jato; petroleira
registra às 13h30 perdas de 12% na Bovespa, puxando para baixo o principal
índice da bolsa, que caía 1,35% no mesmo horário.
Fonte: Jornal 247
SÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira, pressionado
principalmente pela forte derrocada dos papéis da Petrobras, que sofrem após a
companhia ter divulgado seu balanço do terceiro trimestre sem as baixas
contábeis. Às 12h50 (horário de Brasília), o índice caía 1,73%, a 47.767
pontos, com as ações da estatal recuando 11%.
Entre as maiores quedas do índice figuravam as ações da
Eletrobras (ELET3, R$ 5,18, -0,96%; ELET6, R$ 6,44, -3,01%), PDG Realty (PDGR3,
R$ 0,57, -5,0%) e Kroton (KROT3, R$ 12,71, -3,27%). Essa é a quinta sessão
consecutiva de fortes perdas do papel da PDG, acumulando desvalorização de 28%
no período. Ontem, operadores comentaram que o movimento pode ser por apreensão
dos dados operacionais da companhia no quarto trimestre, que deve ser divulgado
em breve.
Fora do índice, destaque para as ações da Springs (SGPS3),
que chegaram a disparar 80% na Bolsa nesta quarta-feira, sem motivo. Até o
momento, nenhum comunicado ao mercado ou fato relevante da empresa foi
divulgado ao mercado.
Petrobras (PETR3, R$ 8,58, -11,0%; PETR4, R$ 9,08, -10,72%)
As ações da Petrobras desabam hoje após a companhia ter reportado seu tão
esperado resultado do terceiro trimestre, mas sem a divulgação da baixa
contábil. Analistas comentam que a decisão da estatal não dar baixas às perdas
com corrupção foi decepcionante para o mercado, já que reconhecer o prejuízo
causado pelos desvios seria o primeiro passo para começar a limpar a empresa.
A XP Investimentos comentou que o resultado operacional da
empresa foi fraco, sem publicação das baixas, aumento de custos em diversas
linhas, piora nas margens da empresa, aumento da alavancagem financeiro de 4
vezes para 4,63 vezes (mensurado por dívida líquida/Ebitda). Sem expectativa de
balanço auditado. Do lado positivo, a corretora ressaltou menor investimentos
para 2015 e possíveis desinvestimentos.
Vale (VALE3, R$ 18,94, -0,32%; VALE5, R$ 16,95, -0,29%) As
ações da Vale voltaram a cair, segundo para seu quinto pregão consecutivo de
perdas. No período até a mínima de hoje, os papéis acumulam perdas de cerca de
14%. Os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 12,16, -0,82%), holding que detém
participação na mineradora, seguem o movimento.
Duratex (DTEX3, R$ 7,52, -1,83%) A Duratex teve sua cobertura
iniciada pelo BTG Pactual, com recomendação neutra e preçoalvo de R$ 8,50 por
ação. Os analistas citaram que, embora a empresa tenha uma forte marca,
com market share dominante, a queda da confiança do consumidor e uma
deterioração das condições financeiras têm resultado em um fraco poder de
preços, o que coloca em jogo as taxas da operação da companhia e,
consequentemente, seus projetos.
Braskem (BRKM5, R$ 11,80, -3,56%) As ações da Braskem seguem
em queda livre desde que aumentou o risco de um racionamento de energia. A
companhia, grande consumidora de energia, desaba 32,4% no ano. Com a derrocada,
os papéis voltam aos patamares de julho de 2012.
BM&FBovespa (BVMF3, R$ 9,55, -2,95%) O governador
fluminense Luiz Pezão (PMDB) quer quebrar o monopólio da Bovespa. Isto porque,
segundo coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ele estaria empenhado para,
junto ao ministro da Fazenda e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que o
Rio de Janeiro tenha de volta uma Bolsa de Valores. Segundo a publicação, o
secretario Julio Bueno tem se reunido com o pessoal da bolsa mercantil de Nova
York (NYMEX).
BR Malls (BRML3, R$ 16,01, -1,60%) As ações da BR Malls caem
hoje após divulgação de prévia operacional do quarto trimestre. A empresa de
shopping centers registrou volume consolidado de vendas de R$ 7,2 bilhões no
período e R$ 23 bilhões no ano, um crescimento de 1,3% e 4,4% na comparação
anual, respectivamente. Já as vendas no segmento "mesmas lojas", que
considera lojas abertas há pelo menos 12 meses, cresceram 6,5% no trimestre,
com o aluguel atingindo avanço de 7,2%. A empresa disse que a taxa de ocupação
aumentou no quarto trimestre, indo para 97,4%. Ao final do ano, a companhia
totalizava 48 shoppings.
Springs (SGPS3, R$ 0,98, +60,66%) Os papéis da small cap
Springs abriram em disparada nesta sessão, atingindo em poucos minutos de
pregão seu maior patamar desde o início de maio do ano passado. Na máxima do
dia, os papéis chegaram a subir 78,69%. A arrancada ocorre juntamente com
um forte volume financeiro movimentado com o papel, que atingia neste momento
R$ 1,354 milhão, contra média diária de R$ 64,1 mil. Procurado pelo InfoMoney,
o departamento de relações com investidores da empresa não foi encontrado por
telefone para responder sobre o movimento.
Linx (LINX3, R$ 48,53, -1,16%) O BTG Pactual reiterou hoje
recomendação de compra para as ações da empresa de tecnologia Linx e elevou o
preço-alvo dos seus papéis para R$ 60, citando uma confortável posição de caixa
que permite que a companhia mantenha intacta sua estratégia de fusões e
aquisições.
All Ore (AORE3, R$ 0,32, -17,95%) Depois da disparada de
quase 70% na véspera, quando anunciou que deixaria seus negócios de mineração
para focar em cosméticos, as ações da All Ore caem 15% hoje. Ontem, a empresa
informou que seu Conselho de Administração aprovou "a descontinuação
da atuação no mercado de commodities, alterando a atuação e os negócios da
companhia, de modo a gerar valor para os acionistas". Em sequência, a
empresa anunciou um acordo para comprar negócios de produção e distribuição
de cosméticos e produtos de beleza e as atividades de franquia operadas
atualmente pela SweetHair.
JSL (JSLG3, R$ 10,48, +0,77%) A empresa de logística aprovou
a constituição de uma nova companhia denominada Movida Participações, que
consolidará as atividades de aluguel de veículos, gestão e terceirização de
frotas do grupo, informou na terça-feira. A nova empresa terá mais de 35 mil
veículos leves, sendo 19 mil veículos da Movida e 16 mil atualmente usados
no negócio de gestão e terceirização de frotas da JSL Logística.
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