PREÇOS DO PETRÓLEO CAEM AO MENOR VALOR EM QUASE 6 ANOS
Os preços já acumulam perdas de 60% desde o pico de junho
de 2014.
Opep não irá reduzir produção para dar sustentação a preços da commodity
Opep não irá reduzir produção para dar sustentação a preços da commodity
As cotações do petróleo caíram para seus menores valores
em quase 6 anos nesta terça-feira (13), após os Emirados Árabes Unidos
reforçarem a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
de não cortar produção para dar sustentação aos preços.
Os preços já acumulam perdas de 60% desde o pico de junho
de 2014, pressionados principalmente por aumento de produção, em especial nas
áreas de xisto dos EUA, além de uma demanda menor que a esperada na Europa e na
Ásia.
Por volta das 9h (horário de Brasília), o Brent,
negociado em Londres, caía US$ 1,51, a US$ 45,92 por barril, após alcançar o
valor mínimo de US$ 45,23 mais cedo, menor patamar desde março de 2009. Já o
petróleo WTI, negociado nos EUA, recuava US$ 1,45, a US$ 44,62 por barril, com
mínima intradia de US$ 44,21.
"O mercado está um pouco em pânico neste momento e a
tendência é bastante negativa", disse Ole Hansen, estrategista sênior de
commodities do Saxo Bank.
Decisão
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não vai reduzir sua
produção para dar sustentação aos preços da commodity, mas espera que
produtores de maior custo o façam, reafirmou o ministro de energia dos Emirados
Árabes Unidos nesta terça-feira, enquanto as cotações recuavam para perto da
mínima em seis anos.
Enquanto o ministro Suhail bin Mohammed al-Mazroui
falava, o Brent caía 4%, abaixo de 46 dólares por barril, após marcar queda de
5% na segunda-feira, ampliando uma derrocada que já reduziu o preço do petróleo
em mais de metade nos últimos seis meses.
Mazroui não deu nenhum sinal de que a Opep mudará sua
postura em relação à questão. A organização tem insistido para que outros
produtores, particularmente os de óleo não convencional de xisto nos Estados
Unidos, reduzam sua produção.
"A estratégia não vai mudar", disse ele em uma
conferência do setor de energia em Abu Dhabi.
Ao não reduzir a produção, "nós estamos dizendo ao
mercado e a outros produtores que eles precisam ser racionais e, como a Opep,
precisam observar o crescimento do mercado internacional de petróleo e precisam
atender a esse crescimento com produção adicional".
Da Reuters
FONTE: http://g1.globo.com/
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