TIRAGEM DE CHARLIE HEBDO SOBE 5.000% COM ATAQUES, VOLTA AS BANCAS NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA COM CHARGES DO PROFETA MAOMÉ
Edição do semanário satírico francês alvo de ataque de
extremistas islâmicos na semana passada sairá dos tradicionais 60 mil para 3
milhões de exemplares nesta quarta-feira (14); segundo Richard
Malka, advogado da publicação, revista será traduzida para 16 idiomas e
trará charges de políticos, autoridades e, "obviamente", do
profeta Maomé, cuja representação gráfica, considerada ofensiva pelos muçulmanos
em qualquer aspecto, está na raiz do atentado contra a redação do jornal; para
o colaborador da revista, o espírito do “Eu Sou Charlie” inclui o direito à
blasfêmia.
Fonte: Jornal 247
Alvo de um ataque de extremistas islâmicos na semana passada, o
semanário satírico francês Charlie Hebdo circula nesta quarta-feira (14) com 3
milhões de exemplares. É uma evolução de 5.000% na tiragem da publicação, que
normalmente edita 60 mil cópias. O ataque coordenado pelos irmãos Chérif e Said
Kouachi resultou na morte de 12 pessoas (entre elas cartunistas, editor e
colaboradores da revista) em Paris e gerou manifestações de protesto e repúdio
a atos de violência religiosa em todo o mundo.
O Charlie Hebdo terá ainda sua edição traduzida para 16 idiomas,
disse o advogado da publicação, Richard Malka, à rádio "France Info".
Adicionando ainda mais combustível ao incêndio provocado
pelos ataques, o semanário publicará novas charges do na quarta-feira. Segundo
Malka, "obviamente" isso ocorrerá e que o "espírito do 'Eu sou
Charlie' significa também o direito à blasfêmia".
A representação de imagens do profeta, uma ofensa para os
muçulmanos, está na raiz dos ataques ao Charlie Hebdo. Malka afirmou que a
revista incluirá também charges sobre políticos e religiosos. "Nunca vamos
ceder. Se não, nada disto faria sentido", afirmou o advogado e colaborador
do semana.
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