JOVENS DO ABRIGO MUNICIPAL GANHAM NOVOS HORIZONTES EM ATIVIDADES NO CRAS CENTRAL



Cerca de 15 crianças e adolescentes participam do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, fazendo parte de grupos reflexivos, além de oficinas de música, capoeira e hip-hop

Desde a inauguração do CRAS Central “Grazielle Azevedo Marques”, em agosto de 2014, o Centro de Referência de Assistência Social tem recebido diversos usuários e famílias para serem acompanhados na unidade através do PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família.

Além dos usuários referenciados no CRAS, a unidade recebe também crianças e adolescentes do Abrigo Municipal de Cabo Frio que fica bem próximo à unidade. São cerca de 15 crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 16 anos, que, como público prioritário que são, diariamente participam do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Nos encontros, eles participam de oficinas e grupos reflexivos, onde tem a oportunidade de conviver com outras pessoas, fortalecer os vínculos comunitários e também aprender música, capoeira e dança.  

- Normalmente as crianças e adolescentes institucionalizados chegam ao CRAS com sentimento de desmotivação. Eles se dizem cansados, com preguiça, com sono. A partir daí, trabalhamos o fortalecimentos dos vínculos, com o objetivo de mostrar como ele é importante socialmente, trabalhando a auto-estima, a formação da personalidade, a fase da descoberta de cada idade, tudo isso de uma forma lúdica - afirmou a técnica Pollyana Ferreira.

M., de 16 anos, está no Abrigo Municipal há um mês. Ele vem ao CRAS todos os dias e participa das atividades de esporte e da capoeira. E quer também participar das oficinas de violão, instrumento que já sabe tocar.

- Eu aprendi a tocar violão na igreja onde eu frequentava antes de vir para Cabo Frio. As músicas que eu mais gosto de tocar são sertanejas. Estou gostando muito de vir ao CRAS, principalmente da capoeira e das amizades que estou fazendo aqui. Eu tenho um amigo que também é do Abrigo - contou o adolescente, que diz que tem dois grandes sonhos: voltar para a mãe e ser pastor.

Outro usuário do CRAS Central é G., de 14 anos. Ele está institucionalizado há 1 ano e participa das oficinas de hip-hop no CRAS todas as terças e quintas-feiras.

- Gosto das atividades do CRAS e do Abrigo também.  A minha preferida é a oficina de hip-hop. Me divirto bastante com os meus colegas durante a oficina. Gosto também de jogar bola na quadra - contou.

- Cada uma destas crianças do Abrigo Municipal tem a sua história, mas o que é comum a todas elas é a situação de vulnerabilidade social, seja esta decorrente da pobreza, de privações, de fragilização de vínculos afetivos, de relacionamento ou sociais.  Com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, eles tem oportunidade de conviver com outras crianças, conhecer coisas novas, fortalecer laços comunitários, participando de atividades e passeios. É uma nova perspectiva para eles - explicou a coordenadora do CRAS Central, Giselle Barcellos.

Texto: Glória Passos 
Foto: Divulgação | CRAS Central

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