CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO - ESCOLA DE SAMBA ESTÁCIO FOI A PRIMEIRA A DESFILAR NO GRUPO ESPECIAL NO CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO



A escola vermelha e branca, campeã em 1992, fez um "desfile procissão". As 29 alas e seus 3200 componentes saíram da Sapucaí às 22h53.

A comissão de frente da escola retratou o duelo do bem contra o mal. Bonecos gigantes deram vida a um cavalo marionete, a São Jorge e ao dragão.

O galopar do cavalo, reproduzido por meio de cordas puxadas pelos integrantes, foi um dos momentos mais visualmente impactantes da Estácio na Sapucaí, assim como os carros adornados com luzes led.

A rainha de bateria Luana Bandeira representou um dragão dourado. Ela chorou após ser impedida de cuspir fogo na avenida. Ela tinha treinado por 2 meses, mas a performance não foi autorizada pelo Corpo de Bombeiros. "Um dragão tem que cuspir fogo, né?", disse ela.

Chamou atenção também os movimentos criados pelo coreógrafo Márcio Moura e a presença do diretor Jorge Fernando e de sete "anjos".

O carro abre-alas focou o berço da civilização em Capadócia, onde hoje é a Turquia. O leão símbolo da Estácio surgiu imponente, como de praxe.

Na sequência, a Estácio apresentou a história sobre a juventude do santo homenageado. As alas Jovem de Fé, Conde da Capadócia e Corte do Imperador deram conta de mostrar o começo da trajetória de Jorge.

O segundo carro veio inspirado na obra "Porta do inferno", do pintor francês Aguste Rodin. Rodas gigantes com navalhas, pontas de lança e outras imagens fortes representaram o sofrimento do santo e o embate com o imperador que tornou seu tirano.

Alas mais sombrias:

O desfile também trouxe setores mais sombrios, em alas como As Torturas de São Jorge (quando ele foi sete anos torturado por ordem do imperador) e A Morte (quando ele morreu preso e teve seu corpo levado à casa onde morava).

O terceiro carro teve como tema São Jorge em Camelot, sobre o fato de o santo ter devotos ingleses conhecidos como o Rei Eduardo Terceiro e o Rei Arthur. Neste carro, chamou atenção a rainha da Inglaterra interpretada por Ivete Dugliese.

O quarto carro foi o do Rei Ricardo Coração de Leão. A coreografia deu destaque às cruzadas, que popularizaram o santo pelo mundo.

Fantasia:

O desfile seguiu com muitas cruzes e com seres fantásticos. O carro A Lenda teve transparências para destacar duendes, bruxos e unicórnios.

Uma ala veio com os membros fantasiados de dragões e os ritmistas vieram vestidos como soldados romanos, na bateria do Mestre Chuvisco.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira foi formado por Márcio Souza e Alcione. Eles representaram Justiniano e Teodora de Bizâncio. Foi no governo de Justiniano que o império viveu seu apogeu, e a imperatriz Teodora financiou a primeira imagem do santo.

Tapetes de Corpos Christi:

Após mostrar a ligação do homenageado com os ingleses, o desfile deu destaque à relação com o Brasil. O sexto carro tinha o nome de São Jorge em Terras Brasileiras. Antes, uma performance destacou a tradição dos tapetes de Corpus Christi.
O sétimo e último carro, chamado de Alvorada, veio para mostrar a Lua Cheia com São Jorge lutando contra o Dragão. Na despedida, uma ala distribuiu rosas vermelhas, símbola da benção do santo.

Regras:

Nesta primeira noite de apresentação, se apresentam, pela ordem, as escolas Estácio de Sá, União da Ilha do Governador, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca.
Nas segunda-feira (8), outras seis escolas complementam os desfiles: Vila Isabel, Salgueiro, São Clemente, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Mangueira.

A campeã será conhecida na quarta-feira (10), quando acontece a apuração dos votos. A última colocada será rebaixada para a série A.

Pela regras do carnaval do Rio, são 9 os quesitos de avaliação: mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, bateria, harmonia, evolução, enredo, samba-enredo, alegorias e adereços, fantasia.

Fonte: G1

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