PM NEGA PAREDÃO HUMANO EM ALCAÇUZ: "SE ABRIR AS MÃO, MORREU"

Foto: Presos são vistos no telhado durante uma rebelião na penitenciária de Alcaçuz, perto de Natal, no Rio Grande do Norte, Fotografa Andressa Anholete/AFP.


O sexto dia de rebeliões na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, foi definido pela polícia como um "campo de guerra". E o sétimo, nesta sexta-feira (20), pode até parecer menos violento, mas não é menos tenso. O comandante-geral da Polícia Militar (PM-RN), coronel André Azevedo, disse que os presos estão armados, circulam na unidade e e ainda negou formação de "paredão humano".

Em entrevista à GloboNews, o coronel disse ainda que fazer o "escudo humano" prometido pelo governador Robinson Faria (PSD) na quinta-feira (19) seria assinar uma sentença de morte. "O governador já se desculpou. Ele recebeu uma informação não técnica. Não existe. Lá existe arma de fogo. Polícia, se abrir as mãos, morreu", declarou Azevedo ao canal.

O governador tinha dito que a ideia era que o paredão humano possibilitasse a construção de um muro, para dividir integrantes das facções rivais Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC), entre os pavilhões 4 e 5. A tal barreira será feita, provisoriamente, com contêineres. "Para entrarmos, temos que fazer uma operação complexa, planejada, que envolve muitos materiais, equipamentos armas", disse.

Nesta quinta-feira, um batalhão especial da PM passou a primeira noite dentro da unidade, desde o início do motim, no sábado. A estimativa é que 27 detentos tenham sido assassinados. Mais cedo, os detentos juraram o governador de morte: “Esse governador vai chorar e muito antes de morrer”, informou a polícia, que interceptou uma conversa de um preso.


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